Capítulos (1 de 6) 26 Nov, 2018

Áiga Lardrim

Agora, nove anos depois da batalha de Elláda. Viridi, continua ocupando a posição de grande nação flutuante, porém sua superioridade sobre os outros reinos caiu. A rosa dos ventos, não é mais uma preocupação como antes, ela agora divide os céus com as poderosas aeronaves do Império Kókkivo, que teve de assinar um tratado de paz onde incluía; pagar indenizações pelos prejuízos causados a Viridi no confronto, além de uma redução no seu exército. O pais de Pargonux, O reino de Hergoro, e a nova Atlântida, Rouquear. Essas cinco nações formam a União das cinco rosas, essa organização foi criada com intuito de ajudar outras nações e tentar sempre buscar paz. O rei Yuriqui organiza todo ano, no verão, uma corrida aérea aberta para todos os reinos, com o intuito de fortalecer as relações políticas.

Nesse ano, a princesa Lakiria, agora com dezenove anos, representa Viridi, voando na Volt Age aeronave criada por ela mesma. Um avião curto, baseado na Rosa dos ventos, porém esse usa propulsores e não tem armas. - Lakiria toma a liderança, ela veio contudo esse ano para ganhar o troféu de Águia de ouro - Disse o narrador.

No jardim, do castelo do rei, os líderes de nações vizinhas, junto com seus familiares, conversam e bebem. Yuriqui sai da roda de conversa, só rindo e segurando sua taça de vinho, na mão esquerda. O rei segue até onde está seu velho pai, de baixo de um guarda sol, agora o grande Victor Vitorius está preso a uma cadeira de rodas, de vido a sua idade elevada, ele também não é mais o conselheiro do rei. Victor está acompanhando a corrida pelo grande telão que foi colocado no jardim, para que fosse possível acompanhar a corrida, os olhos daquele velho homem brilham ao ver sua neta duelando a liderança com os outros competidores.

- Nessa última semana, Lakiria só conseguia pensar em melhorar a Volt Age, ela quer esse troféu acima de tudo – Disse Yuriqui, Victor virou a cabeça de lado e a levantou para ver seu filho.

- Perde em terceiro lugar, fez com que ela ficasse ainda mais focada em vencer, e derrotar seu rival, Érius – Completou o rei.

- Me doí dizer isso – Disse Victor. - Mas aquele moleque do Império, pilota muito bem, suas habilidades são excepcionais. Os seus embates com Lakiria são incríveis arrisco dizer que, talvez, ele seja do mesmo nível de Lakiria.

- Mas, no final, quem ganhará será Lakiria, disso eu tenho certeza.

O rei termina de beber o vinho e coloca a taça em cima de uma mesinha branca.

- Ela é uma filha incrível, construir seu próprio avião – O rei é interrompido por uma miniatura de avião, um dogfight, que passa pela mesinha e derruba a taça no chão. Yuriqui pega o avião do chão, e olha para trás, o dono da miniatura é Tasb, filho do novo Imperador de Kókkivo. O garoto fica envergonhado do que fez e vira-se, com os olhos fechados, para correr, quando esparrar com o seu pai.

O Imperador reprende o filho, com os olhos, e empurra o garoto para a frente.

- Yuriqui... Senhor Victor – O Imperador se curva, ao falar o nome do monarca. Victor, com o nariz arrebitado apenas assentiu com a cabeça, esboçando superioridade. Victor ordena que o mordomo o leve embora dali, deixando os dois amigos conversarem a vontade. O Imperador volta a postura reta, ele estende a mão para Yuriqui, que após trocar a miniatura de mãos, o cumprimenta. - Como vai, meu grande amigo? Acabamos de chegar na festa.

Yuriqui sorriso radiante – Estava me perguntado quando você chegaria, Tecracius. Seu irmão já está duelando com a sua grande rival hahaha.

- Hm aqueles dois, se dão muito bem de uma forma estranha, não vou pergunta para quem está torcendo porque é óbvio – Yuriqui da risadas, aproveitando a conversa o garoto tenta escapar despercebido, mas Tecracius nota e o puxa pela gola do terno.

- Não tão rápido jovenzinho, acho que está se esquecendo de algo – Tecracius aponta para o chão coberto de pequenos pedaços de cristal, que parecem diamantes de longe. – Anda, vamos eu não vou te soltar até pedir desculpas.

- Des-des-Desculpa – Disse o garoto, olhando para baixo, envergonhado.

- Ahhh não precisa disso Tecracius, ele apenas quebrou uma taça, aqui pega – Ele da o avião de volta ao garoto.

O garoto sai correndo, com o avião na mão fingindo que ele está voando.

- Parece que Tasb herdou a paixão por aeronaves, do tio. Isso é bom, no futuro teremos mais um incrível competidor para desafiar aqueles dois ali – Diz Yuriqui olhando para o telão, ao lado do Imperador.

- Eu sou o único que não tem todo esse fascínio por aeronaves, tipo, só são pássaros gigantes e de ferro e que atiram.

- Hahaha você é a ovelha negra da família.

Tecracius fica triste, e se anima rapidamente após pensar em uma boa resposta.

- Ou, é o contrário.

- Todos são ovelhas negras e você é a única branca? Perguntou Yuriqui, com um sorriso singelo.

O Imperador e a responder de imediato, porém pensou um pouco e respondeu – Olha, eu diria que todos nós somos, mas prefiro manter como você disse.

Yuriqui cai nas gargalhadas novamente, cinco anos depois do confronto, Órlego passou o título de Imperador para o seu filho, Tecracius. Um ano depois, na reunião das cincos rosas, o novo Imperador conheceu Yuriqui, daquele dia adiante os dois se tornaram grandes amigos. A amizade desses dois líderes, é tão sincera e radiante que não da para acreditar que algum dia já estiveram se enfrentando no campo de batalha.

Lakiria assume a liderança, deixando Érius para trás.

- Você é um ótimo competido Érius – Disse ela, sorrindo. - Mas no final serei eu a cruzar a linha de chegada, Volt Age é muito mais rápida que a sua Majestade Carmesim.

- Além do mais, eu estou guardando um presente para o final. Mas não desista, seu espirito competitivo é o que mais me fascina.

A hélice da Majestade Carmesim, surge do lado de Lakiria, ela sorrir. – Eu mal termino de te elogia e você já que roubar a liderança hahahaha – Érius ultrapassa Lakiria, deixando um rastro de fumaça, a empenagem da aeronave foi destruída.

Érius conseguiu manter o controle até ali, mas logo em seguida a aeronave despenca em direção ao chão.

– Como isso é possível – A princesa se assusta.

A Lakiria, reagiu de imediato descendo de bico com o avião, ao fazer isso sua empenagem também é destruída. O avião começa a gira rapidamente, Lakiria não sabe o que aconteceu foi tudo tão rápido que é difícil de assimilar, uma fumaça negra toma conta da aeronave. Lakiria aperta o botão de ejetar, a cadeira oscila no ar até o paraquedas ser acionado com sucesso, ela então é tomado por um medo desesperador, quando ver todas as aeronaves caindo por causa do mesmo ataque na empenagem que o dela. De repente uma aeronave negra, com um bico de ferro na frente, surge, carregando a fumaça negra envolta dela.

O rei Yuriqui sempre calmo e pacífico, é tomado pelo medo, aquela chuva de destruição fez com que as memórias do passado voltassem. Teocracius, fica pálido observando seu irmão caindo no ar. Os guardas foram enviados imediatamente para conter a ameaça, porém era tarde, o invasor acaba de destruir a Volt Age, a aeronave do invasor fez uma enorme nuvem de fumaça negra, que se dissipa quando o mesmo, sai como se estivesse em câmera lenta. A câmera registra o exato momento em que o bico de ferro se abre e engole a princesa, como um corvo engolindo sua comida.

Quatro aeronaves saem em direção ao inimigo, com o objetivo de neutralizar o invasor o mais rápido possível, mas justo quando o invasor entra em seu campo de visão, o rei ordena por meio dos alto-falantes, que os guardas não devem atirar. Yuriqui acredita que sua filha ainda está viva, por ela ter sido a única que o ‘’corvo devorou’’. O invasor da um giro no ar, mudando de direção, e segue até o jardim onde está Yuriqui. A aeronave para em pleno ar, o bico de ferro se retrai para dentro do avião, o invasor salta do seu assento e fica de pé sobre as asas do avião, uma perna em cada asa.

O invasor é um homem, ele veste uma calça larga branca com símbolos circulares na ponta, uma camisa branca com mangas, na camisa à um símbolo de esfera com linhas que correm fora dela criando imagens de flores, e um cachecol azul que cobre o seu pescoço, mas da espaço para ver sua boca, a ponta do cachecol é grossa e longa cobrindo o seu braço direito. Abaixo dele, Lakiria, consciente, está amarrada no assento do co-piloto. O rei respira aliviado.

- YURIQUI!!! – Disse o homem, com os braços cruzados. – Eu sou um fantasma do passado e vim aqui hoje para roubar o seu bem mais precioso – Ele aponta para baixo onde está Lakiria. – Para entrega-la de volta, pasta cumprir minha única exigência.

O homem olha em volta tentando encontrar alguém, mas se aborrece quando não encontra. – Parece que o rato já se escondeu na toca, mas não tem problema.

- A minha exigência é simples, você deve atirar o GRANDIOSO Victor Vitorius para fora de Viridi, quero que ele veja sua magnifica nação enquanto seu corpo retorna ao chão.

- Eu voltarei daqui a três dias, e se ao amanhecer do terceiro dia Victor ainda respirar o mesmo ar que o meu ... Sua filha assumira o papel do avô.

Yuriqui com um olhar frio e o punho serrado, ouve tudo aquilo em silêncio sem demonstrar medo. – E não ouse mandar guardas atrás de mim, se eu me sentir ameaçado, eu mato a sua filha. Está avisado!

O invasor salto para o seu assento e foge dali, sem nenhuma resistência por parte do rei.

O Jardim fica em silêncio, todos observam Yuriqui esperando saber o que ele irá dizer, mas nenhuma palavra sai da boca do rei, ele se mantem parado no mesmo local, imóvel. Por medo, raiva, não, ele está pensando em quais medidas deve tomar de como irar resolver essa situação o mais rápido possível, Yuriqui ficou imerso nós seus pensamentos ignorando completamente todos a sua volta. Aos poucos, os nobres foram se retirando do local, exceto Teocracius.

- Ei – Disse ele, segurando e balançando o ombro de Yuriqui. – Você tá bem cara?

- Sim – Respondeu simplesmente.

- O que vai fazer agora?

- Primeiro, irei checar se todos competidores estão bem, depois vou mandar Vericatos ir atrás de Lakiria. E por último, vou ter uma conversa com o meu pai.

- Não vou deixar que uma assombração me apavore.

- Os competidores estão bem, o invasor destruir apenas as aeronaves sem ferir os pilotos, por tanto. Pode eliminar um item da sua lista.

- Ótimo, agora só preciso me preocupar em pedir desculpas depois.

- Se precisar de qualquer coisa pode contar comigo, meu amigo. Estou aqui para o que der e vir, não excite em pedir ajuda.

- Obrigado Teocracius, seu amizade é muito importante para mim, eu sei que posso confiar em você, assim como pode confiar em mim também ... Sobre pedir sua ajuda, acho que terei de pedi-la agora mesmo.

- Pode falar. Do que precisa?

Muito longe dali, nas floresta do sul, o sequestrado cobre a aeronave com galhos de árvores, tornando ela parte do ambiente, camuflando totalmente o ‘’corvo’’ Depois disso, ele sobe até o alto de uma árvore, usando um planador semelhante ao que a tribo dos Qui Caeli usavam, lá em cima tem uma casa e dentro dela está a princesa, algemada com as mãos atrás das costas.

Lakiria não esboça nenhuma reação ao ver o homem, ele senta no colchão, cruzando as pernas, e se encosta na parede de madeira da casa.

- Por que você fez aquilo? Por que destruiu a Volt Age?

- Volt Age? Repetiu baixo, o homem – Do que está falando?

- A minha aeronave, por que você destruiu ela, sabe quantas noites eu passei em claro construindo ela?

- Se importando mais com seu brinquedinho do que com a própria vida, típico de uma princesa. Não se preocupe, seu pai com certeza vai comprar um novo para você quando voltar, porém dessa vez seu avô não estará mais lá para te ver.

- Ei, seja qual for o conceito de princesa que você tem, pode esquecer, eu não sou igual à dos contos de fada, fui eu que construir aquela aeronave, ela tinha um enorme valor sentimental para mim, e você a destruiu, mas mesmo assim ainda não te odeio.

- Mas deveria, pois seu avô morrera em breve para que eu não tome a sua vida, o que acha disso? Me odeia agora?

- Não, não te odeio. Eu sei que você não vai mata-lo e tão pouco à mim.

O homem se levanta, puxa a faca da sua cintura e aponta para Lakiria – De onde vem toda essa confiança? Ninguém nós seguiu, então não tem nenhum guarda lá fora para te salvar antes que eu grafe essa faca no seu pescoço.

- A resposta é simples, você não quer matar inocentes – Homem levanta as sobrancelhas surpreso, mas mesmo assim, mantem a faca em mãos apontada para Lakiria.

- Você incapacito todas as aeronaves, sem matar nenhum dos competidores. Além disso, você podia ter matado o meu pai ou sequestrado qualquer um dos líderes ali presente, o que me levar a pensar que o seu problema não é dinheiro.

- No seu discurso, você deixo bem claro que trata-se de uma rixa direta com o meu avô, mas por que? É isso que estou me perguntando desde o momento que fui trazida até aqui, qual é o seu problema com o meu avô?

Ele fica em silêncio, o único som que pode ser ouvido é do vento que passa por entre as folhas da árvore – A muito tempo atrás vivia um povo nessa floresta, um povo pacato e honrado, eles sobreviviam graças a floresta e nunca quiseram sair dela, até que um dia. Vieram cavaleiros negros de fora dela, com máquinas de ferro que destruíam tudo a sua volta, elas transformavam todo o verde resplandecente em um cinza morto.

- O líder da tribo reuniu todos os guerreiros para lutar contra a ameaça, mas de nada adiantou, os cavaleiros usavam armas de fogo tornando a suposta batalha em um jogo de tiro ao alvo. Os cavaleiros não faziam distinção, atiravam em qualquer que não fosse do exército deles.

- Em meio a tanto sangue e destruição, um menino se mantinha vivo escondido embaixo dos corpos de seus pais, ele viu o exato momento em que o líder dos cavaleiros apontou à arma para o líder da tribo, e antes de mata-lo o cavaleiro diz ‘’ Agradeça a Victor pois sem ele nada disso estaria acontecendo’’

O homem abaixa o braço devagar e guarda a faca – Esse povo se chamava Qui Caeli e eu sou aquele garoto... eu, Sirbene Fysi sou o último dos Qui Caeli.

- Não, não pode ser – Disse a princesa, perplexa. – Meu avô nunca faria isso, ele conseguiu o Ventus Corde de forma honrada.

- De fato, seu avô foi o único homem do exterior que conseguiu o Ventus Corde com o consentimento do Gale, mas devido as atitudes autoritárias sobe os outros reinos, isso acabou fazendo com que outros reis fossem em busca da Ventus Corde, mas nem todos aceitaram o resultado diferente.

- Órlego.

-Exato, foi o Imperador de Kókkivo que destruiu o meu povo, infelizmente o desgraçado morreu antes que eu pode-se vingar a minha tribo, porém Victor não terá a mesma sorte.

A princesa respira fundo e pensa um pouco no que irá falar - Vingança não vai te ajudar em nada Sirbene, me diga em qual história você já viu um final feliz depois de uma vingança? Não seria melhor procurar uma selvagem e juntos repovoar essa floresta.

- Hm, eu não estou em busca de um final feliz, eu apenas quero justiça pelo povo.

- Mas que tipo de justiça você pretende encontrar na morte? A morte é o fim de tudo.

- você não fará justiça dessa forma, apenas libertara o ódio guardado em seu peito e depois só restará o vazio.

Homem da dois passos fortes no chão de madeira que fazem um barulho estrondoso, e lavanta Lakiria pelo colarinho do macacão branco. – Você sabe qual é a dor de perde a sua mãe bem diante dos seus olhos – Gritou Sirbene, dá para ver o ódio e a tristeza em seu olhar.

- EU SEI – Retrucou a princesa, chorando. Sirbene solta o macacão e se afasta, Lakiria cai no chão. – A minha mãe deu a vida para que eu pode-se nascer, eu nunca pude abraça-la, beija-la, brincar com ela – A princesa esboça um sorriso tremulo no rosto. – Ou brigado por ela não ter me deixado sair para andar de avião, eu não tive a oportunidade de criar lembranças.

Sirbene chora, ele olha para Lakiria com olhar incompreensivo – Como, como, como pode sorrir num momento desses?

- Meu avô me disse uma vez, que minha mãe está me observando lá do céu e ela pode ver chorando e que por isso eu devo sorrir, pois ela ficará triste me vendo chorar.

- Você também deve sorrir Sirbene, sua tribo não vai gostar de te ver chorando.

Ele cai no chão de joelhos e chorar ainda mais, Sirbene não esperava que Lakiria tivesse a mesma ferida no coração, as palavras de Lakiria atravessaram a escuridão envolta do coração de Sirbene e forçou ele amostrar sua melancolia.

Ao cair da noite as engrenagens do caos começam a rodar. Não muito longe dali, no reino de Hergoro, a princesa Áiga Lardrim se dirige para a sala do trono os seus passos não fazem barulho e por isso o empregado que estava limpando o chão não viu a princesa e, ao se virar ele esparra no ombro da princesa ‘’Me desculpe, eu não te vi ai’’ Disse o homem, num tom de voz cansado, porém gentil, ele ainda tinha notada que tratava-se da princesa. Ele apoia a mão no joelho para poder se levantar novamente, e treme quando vê o longo cabelo vermelho fogo da princesa, seguido de uma frase ditada bem baixa e séria ‘’Não toque em mim, seu lixo’’ A princesa desloca o ombro do homem, ele cai no chão gritando de dor e ela segue seu caminho sem olhara para trás.

Ao abrir a porta, o seu pai, o rei Ulyrak Lardrim, está sentando no trono conversando com o general Marcos Kaws. O rei olha de lado para Áiga e logo em seguida manda o general sair, Marcos salda a princesa na saída.

- O que veio fazer aqui, minha filha? Perguntou Ulyrak, se ajeitando no trono.

- Você viu o que aconteceu com o Yuriqui, essa é a nossa chance pai nós só precisamos pegar aquela princesa, que tudo será resolvido.

- Hahaha, como você é previsível minha filha, eu sabia que você viria tentar me convencer a sequestrar Lakiria, mas esqueça isso, eu não faria um jogada tão arriscada como essa.

- Por que não? Está com medo do Império – A princesa mostra um sorriso de deboche. – Com Lakiria sobre nossa ‘’proteção’’ Viridi não vai nós atacar e isso também se aplicar ao seu maior aliado, Teocracius.

- Os Krampus mantem uma relação de família com os Vitorius – Disse a princesa, gesticulando com as mãos. – Teocracius não nós atacaria correndo o risco de Lakiria morrer, ele não é insano como o seu falecido pai, por isso não é necessário se importa com o Império, pelo menos por enquanto.

O rei coça a barba e sorrir – Continue, eu estou gostando de ouvir os seus argumentos.

A princesa saldo o rei em sinal de agradecimento – Muito bem, fontes seguras me informaram onde está a princesa, o sequestrador à levou para as florestas do Sul. Tudo que precisamos fazer agora, é resgatar a princesa antes dos soldados de Yuriqui, depois será fácil controlar a nação flutuante.

Ulyrak cruza as pernas – Posso saber que fontes são essas?

- Mas é claro, trata-se dos soldados do príncipe Nept Midra – O rei arregala os olhos. – Eu firmei aliança secretamente com Rurquear, o príncipe conseguiu convencer o rei a participar dos nós planos. O império é protegido pelos céus e nós temos a força do mar ao nosso lado.

- Hahaha você fez alianças fora dos meus horizontes, agora eu entendo porque tem tanta confiança de que o Império não fará nada contra nós ... Você é muito esperta.

- No entanto – O rei se levanta do trono. - Tem algo que me incomoda. O que você fará, se eu não aceitar participar desse plano?

- Não a necessidade de responder essa pergunta, o senhor está de acordo, não está? O rei não da responde. – Eu tenho tudo planejado, essa é a oportunidade perfeita, meu pai, tudo que precisamos fazer agora é agir rápido.

O rei encara Áiga por alguns segundos – Uma última pergunta, o que você prometeu a Nept, para ele participar disso?

Áiga se afasta um pouco – A coisa mais bela e frágil desse mundo, o Amor.

Ulyrak assume uma posição reta, sorrir sem mostra os dentes, e diz, enquanto sai da sala.

- Muito bem minha filha, você conseguiu me convencer, eu deixarei a missão de ‘’resgate’’ em suas mãos.

A princesa assentiu com a cabeça, ela espera o rei fechar a porta e senta no trono – Há como é bom enganar idiotas – Pensou a princesa. – No final disso tudo, O reinado de Yuriqui e Teocracius não serão os únicos a tombar.

O reino de Hergoro é um dos mais antigos, a sua história começou a quinhentos anos atrás com o rei Derik Lardrim, o primeiro dessa linhagem. Derik também foi o Lardrim a governa Hergoro por mais tempo, chegando aos cem anos de reinado. A partir do Tataravô de Ulyrak, começou um maldição sobre os Lardrim todos morriam ao completar cinquenta anos de reinado vítimas de assassinato ou envenenamento, o nome dessa maldição se chama, traição. No tempo em que Derik reinou, os seus dezoitos filhos estavam mais interessados em saber quem seria o próximo a governa e por isso o seu pai foi ‘’poupado’’ durante todo esse tempo, ao final dos cem anos só avia restado um filho, esse que ficou conhecido como Kolebeu: A coruja de ferro. Ele ganhou esse título por ser o único que não se envolveu na guerra dos príncipes, ele apenas observou toda aquele massacre, como uma coruja, no final ele teve que enfrentar o seu irmão mais novo e sem nenhum remorso ele pegou um machado, que a lâmina ainda estava em brasa e decapitou o seu irmão.

Atualmente o rei Ulyrak completou trinta anos de reinado, será que ele quebrará a maldição? Além disso, Hergoro sofre de um mal muito maior, suas terras estão se tornando inférteis, ninguém sabe como isso começou, ano após ano a terra vem ficando roxa e seca, tentaram usar o Ventus Corde para trazer o solo de volta ao normal e o que aconteceu foi ainda mais assustador, o Ventus corde morreu ao entrar em contato com a terra.

Durante uma caçada, Áiga acabou se machucando gravemente, ela se arrastou para fora da floresta e se deu de cara com a terra roxa infértil, quando o seu sangue pingou na terra a grama volto a crescer e uma flor nasceu, por algum motivo que até hoje Ulyrak não sabe qual é, a terra de Hergoro clama por sangue e sangue foi lhe dado, no início bastava algumas gotas para fazer a terra volta ao normal, mas com o tempo a terra foi ficando cada vez mais sedenta por sangue.

O rei Ulyrak que abandonar essas terras malditas, porém ele não pode sair por ai sem rumo, antes ele deve encontrar um novo lar para o seu povo e a sua nova casa tem um nome, ela se chama Kókkivo.  

Compartilhar:

© 2024 Zinnes. Todos os direitos reservados.

Feito com ❤ por BYCODE AI