Capítulos (1 de 6) 07 Nov, 2018
Victor Vitorius
- Papai conte uma história para mim – Disse a pequena princesa Lakiria Vitorius.
- Está bem, promete que vai dormir logo em seguida? Pergunta o rei Yuriqui Vitorius.
- Sim! Responde com um sorriso singelo, envolta de cobertas.
- Era uma vez, um rei que no alto da torre mais alto disse ‘’Eu voarei pelos céus e algum dia tocarei nas estrelas’’ O rei então investiu em tecnologia, para realizar seu sonho. No início, as máquinas voadores planavam pelo céu como uma pipa, isso não era suficiente para o rei alcançar seu objetivo.
O rei gostava de viajar pelo mundo, conhecer novos povos e culturas e, em uma de suas viagens ele conheceu o povo de Qui Caeli, eles vivem em harmonia com a floresta se alimentando dela e trabalhando para preserva-la de quais quer mal, o rei foi bem recebido por um grande banquete de frutas, que ele nunca avia visto na vida. O rei tratou logo de aprender a língua dos Qui Caeli, foi fácil, pois a linguagem deles se assemelha muito com o Português.
Depois, ele foi até o Gale, líder da tribo, o rei era um homem com um carisma sem igual em poucas palavras ele já virou amigo do Gale. Tornado os acordos futuros mais fáceis. O objetivo do rei era conhecer a energia usado pelo Qui Caeli, para ligar os seus planadores.
-Se os Qui Caeli tinham máquinas voadores, como ninguém nunca viu essas máquinas antes – Perguntou a princesa, entre um bocejo e outro.
- Hm já está ficando com sonho, meu anjinho?! Podemos deixar o resto para à amanhã se quiser.
- NÃO! Eu quero ouvir mais da história desse rei, a propósito, qual é o seu nome?
- Victor Vitorius – A princesa pula da cama com um sorriso de espanto e ao mesmo tempo admiração.
- VOVÔ?
- Hahaha isso mesmo, essa é a história do meu querido pai, grande rei e pai da nação flutuante.
- CONTINUE, CONTINUE eu estou empolgada para saber como ele construiu as máquinas voadoras.
-Muito bem, onde foi que eu parei mesmo? ... Ah sim, o povo de Qui Caeli nunca saiu das florestas do Sul, eles não viam motivo algum para conhecer o povo de fora, mas mesmo assim, respeitava os forasteiros que se aventuravam por lá, desde que não maltrata-se a floresta. O rei conseguiu convencer o Gale a mostrar o Ventus Corde, esse é o nome da energia que mantem nossa nação nos céus, carrega nós armas e alimenta nossas máquinas.
Uma esfera pequena, transparente com listras verdes rodando em volta de um objetivo azul semelhante a um coração. A energia brota da árvore branca da vida em todo o seu esplendor, essa árvore cresce em meio dos Ventus Corde que se roubem, deixando o ‘’coração cair na terra’’ Nascendo assim, a árvore branca fina e comprida da vida, com o tempo os galhos mais altos vão ficando preto isso significa que o tempo de vida dela está acabando, porém, ela não morre, uma árvore da vida não morrer apenas escurece e da escuridão nasce os vixs, vixs são criaturas que parecem um cachorro preto com cinco olhos, dois rabos de chicotes, e garras de vento. Essa criaturas são as impurezas que a árvore da vida rebele da escuridão para se torna branca e pura novamente.
O rei ficou encantado, era isso que falta para concluir seu objetivo, tinha certeza. Ele perguntou o que Gale queria em troca do Ventus Corde, e esse foi o seu erro. O rei revelou sua ganância, isso irritou Gale, o rei gesticulou dizendo que não era pelo dinheiro que queria a Ventus Corde, mas nada adiantou Gale continuava com raiva, ele pega a Ventus Corde e quando se preparava para guarda-la. O Rei cai de joelhos, pedindo perdão por sua ganância.
- Eu almejo as estrelas, quero toca-las mesmo que por um prevê momento - Disse o rei.
Gale vira-se para o rei e pede que fique de pé, ele encosta o Ventus Corde no peito do rei, as linhas verdes saem da esfera e rondam o corpo do rei, que grita não de dor, mas de temor de não conseguir realizar o seu sonho.
- Meu rei – Disse o guerreiro Mor – O que está fazendo com ele?
Ele puxa a espada preparado para o ataque.
- NÃO! MERITUS, NÃO FAÇA NADA – O guerreiro aberta o cabo da espada com força – SIGA AS MINHAS ORDENS E ABAIXE SUA ESPADA, AGORA!
Meritus abaixa sua espada lentamente, contra sua vontade e observa apreensivo o que está acontecendo ali.
As linhas verdes entram e sai do corpo do rei, como se fosse um fantasma, a linhas terminam de purificar o corpo do rei e voltam para a esfera. O rei caem de joelho no chão, Meritus oferece o ombro para o rei se apoiar. Gale olha com seriedade para a esfera enquanto a linhas giram com mais velocidade trocando de cor, mesclando verde e preto. No final, as linhas voltam ao verde esmeralda.
– O seu desejo é nobre Victor Vitorius, por tanto eu lhe darei a Ventus Corde – Ele estende o braço para o rei pegar a esfera, mas antes que ele possa pega-la, Gale retrai o braço.
- Mas eu devo avisa-lo, ainda a ganância nesse desejo, mesmo que pouco ainda a ganância e, essa ganância vai levar seu império voador de volta ao chão em uma queda estonteante.
- Vá em frente, pega a Ventus Corde e toque as estrelas.
Com determinação no rosto, o rei pega o Ventus corde e vai embora da tribo dos Qui Caeli para sempre. Com ajuda de alquimistas e engenheiros, o rei cria a primeira versão do que no futuro seria a Rosa dos ventos, porém, ele não conseguiu realizar seu objetivo as estrelas ficavam ainda mais longe do que tinha pensado, com o rei entrou em uma tristeza sem fim. Até que um dia, o rei estava no campo junto com sua esposa e filho -
A princesa da uma risadinha bem baixinho para não atrapalhar o seu pai.
- Ele vê os pássaros voando no céu e sorrir, com os olhos fechados. – Eu dei asas a humanidade e agora o céu me pertence – O rei se levante e diz para o seu filho.
– Posso nunca tocar nas estrelas, então chegarei o mais perto delas que poder.
O rei usa sua Ventus Corde para plantar uma árvore da vida, um ano depois ela da seus primeiro frutos. O rei agora tem seis Ventus Corde, ele usa eles para começar um novo projeto, muito mais ambicioso, um reino flutuante. O rei crio turbinas gigantescas feitas de metal, lá dentro estava a Ventus Corde envolta de um jardim feito para recarrega-la, as turbinas não são necessárias para o reino flutuar, elas servem apenas para proteção contra qualquer ataque inimigo.
A sua obra chocou o mundo, ‘’ O rei que criou seu próprio Olimpo’’ Agora a nação de Viridi é conhecida em todo o mundo.
A princesa olha com empolgação para o pai – A história do vovô é muito legal, ele é um homem incrível.
- Você não dormiu?! Ahh
- Como eu poderia, essa história é maravilhosa.
- Hahaha, é verdade meu pai é um homem incrível, e pensar que vinte anos depois o seu reino continua a cresce e ficar ainda mais forte. Ventus Corde é realmente uma benção dos deuses.
- Agora vá dormir Lakiria, você tem aula de esgrima e aviação amanhã de manhã.
- Sim, papai.
O rei apaga as luzes do quarto, e vai até a sala do trono aonde está o seu pai, o grande Victor Vitorius agora é um velho de cabelo e barba grisalha, com problemas para enxergar com o olho esquerdo. Ele agora auxiliar o seu filho nas decisões mais difíceis, como conselheiro do rei.
- Desculpe pela demora, Lakiria não dormia de forma alguma, então eu contei a sua história para ela.
- Hahaha crianças tem muita energia e isso é bom, significa que ela será uma boa rainha no futuro.
- E por falar em futuro – Victor fica sério, muda o tom da voz. – Temos que conversa sobre o império Kókkivo, eles não podem atacar uma de nossas aeronaves e achar que vai ficar por isso mesmo.
- Pai foi apenas um acidente, o próprio piloto disse isso, vamos deixar isso passar não a motivos para atacarmos aquele povo que nós ajudou na guerra contra os Noriqus, quando Viridi ainda está no chão, caso isso aconteça novamente, eu tomarei as decisões corretas.
Victor coça a barba, a baixa a cabeça e levanta, aponta para Yuriqui e diz – Você é calmo de mais meu filho, isso também é bom, mas tome cuidado pois o inimigo nunca espera você sacar a espada.
O rei faz um cara de cansando, como se já estive acostumado com esse tipo de cena.
- Tudo bem pai, eu vou dormir agora, boa noite.
- Espera ai.
- Não quer que eu te conte uma historinha antes? Hahaha
- hahahaha
- Boa noite meu filho, durma bem.
No outro dia, no campo de treinamento, a princesa, usando um macacão branco, caminha até a aeronave, Rosa dos ventos: A aeronave perfeita.
- Princesa Lakiria, aqui é o Comandante Sadler, eu serei o seu treinador hoje.
- Sim, senhor – A princesa desliga o comunicador – Hihi isso é tão divertido.
Lakiria gira a chave e liga a rosa dos ventos, a energia do Ventus corde se manifesta em toda a aeronave, as hélices começam a rodar e, logo Lakiria está voando. A princesa executa algumas acrobacias aéreas, ela está se divertido muito com tudo aquilo, quando nota uma aeronave, ainda distante, vindo em sua direção.
- Mas quem é esse? – Disse Sadler, começando a ficar preocupado. – Princesa, mantenha distancia da aeronave, ela não carrega as cores verde e azul de Viridi, por tanto não sabemos se é amigo ou inimigo.
A identificação veio rápido, assim como as balas que saíram da metralhadora da aeronave desconhecida, felizmente elas não atravessaram a fuselagem da Rosa dos ventos.
- Comandante – Disse Lakiria, desesperada sobe ataque– O que devo fazer?
- Mantenha a calma, essa é uma aeronave do Império Kókkivo! A rosa dos ventos é muito mais rápida do que elas. Presta atenção, no momento ele está na vantagem, você deve executar um looping para ficar atrás dele, feito isso aperte o botão vermelho com o desenho de rosa.
A princesa ouve tudo apreensiva – Ok, vou tentar.
Ela respira fundo, espera a oportunidade e faz o looping com sucesso, depois de estabilizar ela aperta o botão. A hélice da frente entra para dentro do avião e círculos de serras aparecem, como os círculos de pétalas de uma rosa. Propulsores aparecem nas asas, eles ligam ao mesmo tempo fazendo com que a aeronave de uma investiga brutal no inimigo, destruído por completamente seu leme.
- Yeah eu conseguir, você viu comandante? Nem o Império é pariu para mim.
A linha fica em silêncio por um tempo – Princesa – Responde Sadler, com um tom de voz assustador e sério – Volte imediatamente para a base, voe o mais rápido que poder.
Uma aeronave cai enquanto milhares subiam aos céus, o Império lançou um pequeno ataque para dar início a guerra. Os bombardeiros, aeronaves gigantescas com o único propósito de reduzir cidades a cinzas, cobriam Elláda: A capital de Viridi. Várias capsulas com quatro soldados, eram atiradas dos bombardeiros, todos com armas de fogo prontos para acabar com o exército intocável de Viridi.
Um esquadrão de soldados do Império, preparava-se para executar alguns membros da realeza que tiveram a infeliz coincidência de terem passado por ali naquele momento, até que um homem alto vestindo armadura atira e derruba um dos soldados, eles atiram de volta, mas nenhuma bala acerta o homem pois ele usou um escudo para se defender. Ele curva o seu corpo, quase que fazendo uma pose atlética, e com bastante força arremessa o escudo, que esmaga a cabeça do outro soldado, depois saca sua espada e grava a lâmina no coração do último lacaio do Império.
- Vocês estão bem?
Os nobres responde que sim por meio de gestos. – Ótimo, vão para o castelo e se escondam lá.
Esse homem nada mais do que o Guerreiro-Mor: Vericatos, ele entra na o quartel general aonde estão o rei Yuriqui, o antigo rei; Victor e o general Magnus Morgus.
- Meu rei – Disse ajoelhado e de cabeça baixa. – Me desculpe pela demora, eu tive vários contra tempos até chegar aqui.
- Não a necessidade de pedir desculpas, esse tipo de coisa é inevitável em uma batalha. Agora levanta-se, e conte nós o que está acontecendo lá fora.
- Sim senhor, Soldados do Império Kókkivo andando por todos os lados, dois bombardeiros estão sobrevoando Elláda, jogando os soldados aqui.
- Ainda bem que Lakiria está no campo de treinamento, enquanto estiver do lado de Sadler não tenho que me preocupar.
- Eu te disse que devia ter tomado providencias sobre o ataque do Império, meu filho o ser humano só respeita aquilo que teme. Por muito tempo Viridi era como uma águia, voava sozinha pelo céu sem se preocupar com os ratos que vivem no chão, mas agora parece que esses ratos resolveram mostrar suas garras.
O rei não demonstra está com raiva ou preocupado, se irrita não adiantaria de nada nesse momento, o ataque já foi lançado e só acabara quando um dos lados tombar, ele mantem uma expressão normal com um pouco de remorso.
- Senhor – Disse Magnus, ganhando a atenção não só de Yuriqui, mas de todos ali. – O Imperador; Orlégo Krampus está na linha e ele quer falar com o senhor.
Sem mudar de tom, ou expressão. O rei diz – Tudo bem, eu falarei com ele.
- Porque está me ataque Orlégo? Pensei que fossemos aliados?
- Hahaha você criou asas e voou para longe de todos, do alto da sua fortaleza voadora você olha para a gente com desprezo por não conseguir voar, deixar seus amigos para trás não é algo que um aliado faz.
- Ora você pode viver nos céus também, eu não sou o dono do céu você é livre para morar aqui em cima também, desde que não me ataque é claro.
- Fala como se nós tivéssemos a capacidade para fazer tal coisas – Ouve um pequeno momento de silêncio na linha. – Victor, você está ai não está?
- Sim, seu verme traidor.
- Hahaha continua ranzinza como sempre. Eu descobrir o seu segredo meu caro amigo, eu sei tudo sobre o Ventus Corde – Victor fica chocado ao ouvir o último nome.
- Impossível? Você nunca seria digno dele.
- E não sou, mas a força vez com que meu desejo se torna-se válido também.
- Agora eu posso criar uma Rosa dos ventos também, logo Kókkivo estará flutuando assim como Viridi – Orlégo encerrar a comunicação.
Victor treme, com as ameaças do seu antigo aliado. Yuriqui coloca a mão no ombro do pai – O senhor foi o primeiro homem a voar pelos céus, o primeiro a criar uma aeronave, o primeiro a levar o seu povo para os céus. O senhor foi o primeiro homem a realizar tudo isso e não a nada que Orlégo possa fazer para mudar esse fato, então não se preocupe pois caso consiga fazer uma Rosa dos ventos, não passara de uma cópia da nossa – O velho se acalma, mostra seu sorriso confiante novamente.
- Tem razão, obrigado meu filho suas palavras me salvaram do desespero, eu estava errado sobre sua calmaria ser um problema ... Muito bem, nossa prioridade no momento é destrói os bombardeiros e eliminar as crianças do Império que se acham soldados.
A guerra, não. A batalha de Elláda, durou cerca de três meses que pareciam três anos. O Império resistiu tanto tempo assim por apoio de outros reinos que também queriam derruba Viridi, esses por sua vez, se mantiveram na escuridão temendo uma retaliação caso o Império caísse.
Mas a derrota de Orlégo não foi um total fracasso, ele revelou o segredo do grande Victor Vitorius para o mundo, agora qualquer reino poderá ter o Ventus Corde, pela mesma provação que Victor deve de passar anos atrás ou pela força, infelizmente acabaram os homens com desejos nobres e simples.