Capítulos (1 de 16) 05 May, 2023

000 - Prólogo

Até aquela noite. Algo parecia diferente então. Havia naquela escuridão algo ameaçador que fazia os pelos da nuca dos soldados eriçarem. O grupo de três mil soldados que seguiam rumo ao Sul, não protegiam a sua Rainha Anciã. Mas uma pequena menina que uma hora antes dera o primeiro sopro de vida e havia não só condenado seu reino, mas a sua própria Avó.

A Rainha sabia, que no momento que aquele bebê nasceu, a sua vida um dia terminaria. Afinal, somente uma Bruxa nascida no Clã do Sul sob a bandeira da casa Lurthon, poderia ser a nova Suprema, havia 120 anos que uma menina não nascia.

- Somente meninos nos últimos dois séculos, então por que agora? - ela se perguntava enquanto tentava proteger a neta. Mas lá no fundo ela já tinha uma resposta. A última menina nascida na casa Lurthon havia sido ela e Andrômeda havia completado naquele ano, 120 anos. Apesar de ser a Suprema de seu mundo, a sua magia já vinha sentindo na última década o peso da sua idade e o seu corpo já não respondia com a mesma agilidade, ela não queria assumir, mas mesmo para uma Bruxa, ela estava ficando velha.

Andrômeda era relativamente jovem para a idade que tinha, os cabelos longos que um dia haviam sido dourados como o sol, agora era acompanhado de mechas brancas. Mas ela ainda possuía os mesmos olhos azuis que seus filhos herdara. O mesmo azul que a criança em seus braços carregava. O mesmo tom que azul das águas tempestuosas do Mar do Oeste.

O Oeste ela pensava, era de onde todas as Criaturas que destruirá seu reino naquela noite vinha. Ninguém sabia ao certo quem foi, mas todos sabiam que alguma bruxa tentando praticar magia negra havia aberto havia quase um ano os portais do Inferno e desde então o mundo que um dia fora pacífico, havia sido dominado por criaturas demoníacas.

O exercício que protegia Andrômeda havia tomado a direção que levava para uma pequena escola no Sul, lá havia o único portal que levaria a princesa para o mundo humano, o mundo dos não- Magis. Mas foi apenas perto de seu ponto de encontro que as criaturas que os perseguiam na escuridão se revelaram. A pequena horda de demônios tinha apenas um objetivo. Matar os soldados e levar a criança até sua Lider. Na árdua batalha que se seguiu, a única opção que os soldados encontraram, eram se sacrificar enquanto garantiam a chegada na criança ao portal, eles haviam treinado para isso e não se importavam se morrem pela sua Rainha. Naquela noite três mil homens e mulheres haviam se voluntariado para proteger sua futura rainha, mas eles não voltariam vivos para casa.

- Estamos perto Senhora – Um dos soldados de patente maior se aproximara dela enquanto ela notava o Castelo ao longe. – Assim que ultrapassamos a barreira, essas coisas não poderão mais nos seguir.

- Isso é ótimo. Estamos quase chegando querida. – Ela olha a bebê a segurando firme contra seu corpo enquanto uma criatura a ataca as derrubando. - Ignis. - Ela lança uma muralha de gelo que paralisaria os demônios e enquanto protegia a neta e um dos homens se aproxima da criatura a decapitando.

- Senhora. – ele havia lhe esticado a mão a ajudando a se levantar enquanto cambaleava sentindo os ferimentos se abrindo. – Leve meu cavalo. Não irei mais precisar dele.

- Obrigada Cavaleiro. Como é o seu nome?

- Prior da Casa Leires.

- Prior de Leires, jamais irei me esquecer do que fez hoje.

- Apenas a missão Minha Rainha. – Ele se sacrifica a defendendo enquanto uma cavaleira desce do cavalo e ela segura o bebê o silenciando.

- Shih vai ficar tudo bem. Eu prometo para você. Você vai crescer bela, linda e poderosa igual as Bruxas desse reino. – A bebê se cala enquanto volta a dormir e ela a desamarra da armadura. - Os meus joelhos já não são mais os mesmos de quando eu era moça.

- Senhora.

- Eles estão atrás dela leve-a para o castelo em segurança. Encontrarei você lá. Mas se eu não conseguir chegar, você deve cria-la no mundo dos Não- Magis, crie-a como se fosse sua filha, mas sem revelar quem ela realmente é.

- Darei o meu melhor Senhora. – Ela esconde a bebê embaixo da Capa enquanto puxa as rédeas do cavalo passando pelo soldado gritando.

- Retomada C. – Os grupos se separam enquanto ela adentra a floresta negra puxando a varinha enquanto entra com cautela.

A floresta negra era o único lugar que nenhuma bruxa ou feiticeiro jamais ousou entrar, mas naquela noite até mesmo as criaturas que ali habitavam permaneceram escondidas. O cavalo corria com cautela na floresta e parou somente quando fora cercado por demônios na saída.

- Me ajude deusa. – Prior havia sacado a varinha quando uma criatura grande e majestosa surgiu do interior da floresta atirando com um arco

- Se afaste selvagem. – Prior havia crescido odiando os centauros como todos cresceram, eles o julgavam como feras selvagens e sem qualquer pingo de inteligência, mas não o que Prior descobriria naquela noite.

- Acabei de salvar sua vida bruxa. Leve a princesa daqui, eu não vou garantir que os outros te deixe sair viva.

- Por que me ajudou?

- Você? Eu estou protegendo a criança. As estrelas nos contaram sobre ela. A Criança das lendas.

- Besteira. E apenas um história infantil. – ela vai embora enquanto pressiona o ferimento.

- Onde está a criança?

- Em segurança, em breve estará aqui. – Ela sorri olhando o garotinho que segura a barra do vestido da Bruxa mais jovem. – Seu menino é uma criança linda.

- Obrigada. O Henri é o meu caçulinha.

- Então você é o Henri?

- Sim. – O garoto sorri a reverenciando enquanto nota Elizabeth que aparece nos limites do castelo enquanto caminha abraçando a criança e ela cambaleia perto do portão enquanto ele vai até ela que lhe entrega o bebê.

- Corra até sua mãe... – ele nota os demônios enquanto ela grita. – Corra. – Ele corre enquanto ela usa um feitiço final os destruindo e ele permanece segurando o bebê enquanto a olha.

- Ela é a princesa? Ela é tão pequena.

- Sim, meu jovem. Ela acabou de vir a esse mundo, mas um dia será uma mulher belíssima.

- Ela vai voltar para Gorean?

- Vai sim. Mas somente quando for a hora dela governar. você está encarregado de ir encontrá-la e de ajudá-la a entender quem é - ela lhe entrega um broche real - fique com isso.

- Como eu saberei quem ela é? – Vero o olha e sorri.

- O seu coração saberá, afinal você está destinado a se casar com ela. – Ele olha para bebê e a Rainha o ajuda a segurá-la corretamente e Henri a olha fixamente enquanto um leve vínculo entre eles de ativa. – Vai saber quem ela quando sentir novamente esse vínculo com alguma mulher.

- Tchau Princesa. – Ele toca a testa dela com a sua e as duas Bruxa sentem a ligação dos dois.

- Rainha Vó, ela é realmente a Suprema?

- Será um dia. Mas somente se ela sobreviver. – o garotinho a olha em silencio. – As coisas para o mundo humano já estão prontas?

-Sim. - Ela lhe entrega uma bolsa e uma pequena poção. - Existe um problema com essa poção. Lá fora você não terá nenhuma magia e o tempo voltará a correr para você normalmente. A senhora não terá mais do que 20 anos de vida.

- Não será um problema. Um dia todos nós iríamos morrer. - Ela toma a poção enquanto retira um pequeno broche da roupa o entregando ao garoto. - Fique com isso, irá lhe garantir imunidade mesmo nas terras dos clãs dos escuros. Ele pega o broche o olhando enquanto o põe na roupa e a Rainha se abaixa enquanto lhe mostra a pequena marca de bruxa na bebê.

- Ela já tem um nome? Sabe que dar azar não batizar uma criança.

- Nenhum dos pais teve tempo de batizá-la e estive preocupada em fazê-la chegar aqui inteira e viva.

- Mirella.

- Mirella. É um belo nome. - Ele sorri timidamente enquanto permanecia escondido atrás da mãe- Sabe que ao nomear um bebê, você cria uma ligação com ela, não é?

- Eu sei... Eu vou me tornar um Guardião e irei proteger a princesa.

- Somente quando for do tamanho de seu pai Henri. Até lá cresça mais um pouco. – A rainha se abaixa lhe mostrando a bebê.

- Ela tem uma pequena marca no...

- Guarde apenas para você Henri e não conte nem mesmo aos seus irmãos. – ela sussurra em seu ouvido enquanto ele arregala os olhinhos dourados

- Não contarei. - Ele observa em silêncio enquanto a rainha atravessa o portal que se fecha atrás dela. - Tchau Princesa. - Verônica usa a varinha enquanto destrói o portal.

- Guarde isso com cuidado Henri, ele é muito importante. - Ele sorri o prendendo na blusa - meu pequeno cavalheiro.

- Vou treinar muito e proteger a princesa. – Ele sorri para a mãe que o segura enquanto se tele porta para longe dali. 

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