Capítulos (2 de 50) 12 Aug, 2020
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ela, ela fica fazendo bullying comigo, e você não faz nada Davi! Eu não gosto e não vou aceitar isso!
— Desculpa pela parte de te deixar excluído Pedro — Morgana respondeu primeiro o rosto carregado de preocupação, e Pedro ficou surpreso que a garota havia pedido desculpas tão facilmente —, eu juro que fiz intencionalmente.
— Você não quis dizer “não intencionalmente”? — Pedro corrigiu, mas o sorriso irônico ameaçando escapar da máscara de preocupada da garota dizia tudo.
— Obviamente, eu jamais te excluiria, afinal, o Davi realmente gosta de você — dessa vez a garota parecia mais sincera, mas Pedro guardava desconfiança.
— Poderia ao menos não me dar apelidos que se refiram a coisas pequenas ou redondas?
— Poderia... — Morgana disse com a expressão séria, enquanto Pedro mantinha os braços cruzados sobre o peito estufado assim como suas bochechas estavam infladas, por um momento Pedro deixou-se acreditar que a garota talvez fosse se resignar, mas fora enganado, de novo —, mas meu antagonismo será crucial para o desenvolvimento do seu caráter.
— Posso dar uma surra em vocês dois?! – Lucas assuma dessa vez por favor eu não aguento quando eles ficam assim.
— Pode! — Morgana respondeu sorrindo com entusiasmo.
— Não! — Pedro olhou alarmado para a nova tendência violenta e Davi, e a animação com a qual Morgana respondeu, claro que ela quem deve estar influenciando Davi —, por que me bater? O que foi que eu fiz? Ela quem começou!
— Pode sim — Morgana disse praticamente ronronando e Pedro quase não ouviu se ele não tivesse notado a mão dela pousando na coxa de Davi com uma intimidade que o fazia sentir uma ferroada dentro do peito.
— Lucas! Ajuda aqui meu filho!
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— Não posso! — o outro começou a rir diabolicamente e de repente parou —, Davi?! Tem uma mão na nossa coxa?
— O quê?
Davi se levantou sobressaltado, os olhos vagando de Morgana para Pedro e para Morgana de volta.
— Chega disso! Seguinte, avatar de biblioteca e pequeno príncipe serão os únicos apelidos que vocês poderão referir um ao outro, está decidido — Davi disse com coerência aceitável, mas Morgana ficou chateada que o apelido para Pedro era carinhoso enquanto o dela nem sentindo havia —, agora, não importa quem fez o quê, para se matarem é requerido que todos os participantes do ato tenham condições justas para descer a porrada uns nos outros, dessa forma vocês terão que ser pacientes até que todos tenhamos desperto nossos poderes.
Pedro estava confuso. Quem não tinha os poderes despertos? Davi havia o controle de sua habilidade mais avançado dentro de sua antiga comunidade de Ribeirão das Dores, será que ele... Morgana havia se silenciado completamente, aquele assunto não era pra ser discutido assim, com qualquer um, mas Davi nunca teve filtro mesmo.
— Seguinte, não nego que eu adoraria espanca-los, de diversas formas eu digo. — Lucas?! Excelente sincronia! —, mas Pedro, aceite o apelido como sinal de amizade, você mesmo vive me chamando de anta e de besta e eu nunca reclamei, não é assim?
— Certo... — Pedro respondeu relutante, mas Davi tinha certa razão, tirando a parte do espancamento, Pedro não gostava deste tipo de conduta, não importa em qual situação.
— Davi?! — Morgana falou com um sussurro intencionalmente alto o suficiente para deixar Pedro entreouvir enquanto ela se reclinava na direção de Davi —, a gente poderia se espancar um dia desses...
Davi irradiou de rosa para vermelho em poucos segundos, as orelhas faiscando por causa da proximidade, e a imaginação dele já viajando nas segundas intenções subentendidas, nem tão implicitamente.
— Sim!
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