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Esqueceu a Senha?

Capítulos (2 de 19) 06 Dec, 2019

Capítulo 4: Voadoras Fofinhas

Segundo o mapa, ainda resta uma sala e um corredor antes de chegarmos na sala de descanso, meu objetivo agora é descobrir o que Joe veio fazer aqui. De todas as pessoas que eu poderia encontrar aqui eu fui logo me deparar com um Greenfoot.

Para minha infelicidade, a Darkwave detectou inimigos à frente, alguns fantasmas de Lyde e outros trajados como os nobres do salão de dança, felizmente minha força foi suficiente para lidar com os espectros sozinho. Viramos a última curva e ao chegarmos no que aparentava ser o meio do corredor, um ponto de luz brotou do chão, por achar que tratava -se de uma pedra preciosa eu corri para pega-la, mas para minha surpresa não era nada de valor, o ponto de luz era na verdade uma rosa azul reluzente.

Em seguida, outros pontos de luz surgiram espalhados pelo corredor.

Retirei, com muito cuidado, uma rosa do chão – Bem que podia ser uma Safira, hein!

De repente, a rosa começou a brilhar intensamente e explodiu na minha mão, a explosão de luz me deixa atordoado, suas pétalas pairam a minha volta, enquanto tento recobrar os sentidos. Quando voltei a enxerga novamente, notei que as outras rosas estavam brilhando do mesmo jeito. Rapidamente virei-me para Leopoldo e gritei.

- FECHE OS OLHOS, LEOPOLDO!!!

- Olhos?

Após ouvir a explosão em cadeia eu abri os olhos, Leopoldo parecia não ter sido afetado pela explosão de luz, porém antes que pode -se pergunta algo, o som de pessoas dando risadas surgiu atrás de mim. Um casal de fantasmas, trajados como rei e rainha dançam em meio as pétalas azuis, rapidamente saquei a minha espada, porém o casal nada fez a respeito eles simplesmente continuaram a dançar. Por não se mostrarem hostis, guardei minha espada e os segui, enquanto dançam em direção a próxima sala, Leopoldo assentiu com a cabeça.

Ao fim do corredor, eles se deparam com um arco de pedra romana, o casal atravessa a parede de luz criada pelo brilho intenso das rosas azuis. A penúltima sala, é um jardim de rosas azuis, o local emana uma sensação de alivio e calma. O casal vai até o centro do jardim e se beijam, após o beijo eles se tornam uma energia azul celestial, que voa como um cometa em direção aos céus, a energia começa a girar lentamente tomando a forma de uma lua cheia, com o rosto do casal esculpido em relevo.

- Que porra é essa!!!

- Synth, é isso que acontece quando duas pessoas se beijam?

- O que? Não, no máximo você sente borboletas dentro da sua barriga, ou qualquer palhaçada desse tipo. Esperai ... Você nunca beijou ninguém antes?

- C-claro que sim, esses lábios carnudos aqui já beijaram muitas bocas sensuais.

- Bocas sensuais? Hã! Eu acredito em você, agora vamos embora antes que essas rosas explodam.

De repente, os aventureiros escutam um som demoníaco vindo do corredor à frente, o mesmo som que Synth ouvirá dentro da parede. Assustado, ele saca a Darkwave e assume uma pose de batalha. A luz da lua espectral foca totalmente no arco de pedra, como se fosse um holofote, enquanto o som de cascos batendo no chão se aproxima cada vez mais do jardim.

A besta demoníaca, que cavalga dentro das paredes se revela um grande corcel branco sem cabeça, com o corpo perfurado por espadas e flechas, sobre o seu pescoço flutua um crânio animalesco repleto de chifres retorcidos, envolto por uma aura fantasmagórica, escura.

Leopoldo coloca Joe no chão e saca a sua adaga.

- Foi essa mula sem cabeça que cochichou no seu ouvidinho lá atrás?

Com um sorriso nervoso ele responde – Hahaha! Sim, foi ela ... Acha que damos conta?

- Mas é claro, ninguém é páreo pra gente, porém precisamos ser bem cautelosos, pois agora temos uma preocupação a mais – Leopoldo a ponta pra Joe.

- Afinal de contas, quando é que essa cara vai acordar?

-Eu chutaria daqui a umas oito horas ou mais, de qualquer forma não podemos contar com ele quando acordar, depois de ter tomado todo aquele veneno o sapinho está muito fraco.

Synth dá alguns passos em direção a criatura e para – Deixe o Joe no corredor, ele estará mais seguro lá fora do que aqui dentro. Não se preocupe, ele não será atacado por inimigos, nós matamos todos os fantasmas dessa área.

- Agora vá! E volte correndo, eu não acho que vou dar conta sozinho.

Leopoldo coloca Joe novamente nas costas - Hehe! Ainda bem que você admitiu isso, sem mim você já teria morrido a muito tempo, eu sou tipo o seu anjo da guarda.

- Tá mais pra emissário da morte, agora para de falar besteiras e vá logo.

A criatura relincha enquanto ergue os cascos, que ao tocarem no chão novamente, cria uma onda de ossos desformes que se propaga em direção a Synth, ele tenta quebra-los com a espada, porém os ossos são bem resistentes. Synth levanta voou antes de ser empalado pelos ossos, a subida foi tão veloz que fez com que ele quase derruba-se a coroa, o aventureiro arruma a coroa e encara a fera, quando ele se preparava para voar na direção da fera, ela abre a boca e dela sai vários crânios envoltos por uma aura maligna. Para felicidade de Synth os crânios não são resistentes, ele pode corta-los ao meio com um simples golpe, porém, o crânio explode ao chegar próximo do seu alvo, liberando uma fumaça venenosa.

Leopoldo deixa Joe deitado no corredor e entra novamente no jardim, ao entrar ele é quase atingido por um crânio, felizmente o esqueleto consegue pega-lo com a mão.

- Olá bonitão, de onde você veio?

Em seguida, o crânio explode numa fumaça negra, que não causa efeitos nocivos em Leopoldo.

– Argh! Vamos escovar esses dentes aí né filhão.

De repente, Leopoldo escuta o som de alguém tossindo atrás de uma pequena parede feita de ossos, com a adaga em mãos ele vai até o local e o que ele encontra, deixa-o chocado.

- OH! MEU DEUS, SYNTH!!!

Ele vê Synth deitado no chão, com o braço esquerdo e metade do rosto tomado por uma mancha negra.

- Coff! Coff! Mula sem cabeça filha da puta, rápido Leopoldo pegue uma pena de anjo na minha mochila.

No entanto, antes que Leopoldo pode-se fazer isso a criatura quebra a parede de ossos e levanta os cascos na intensa de esmagar os dois, os cascos descem lentamente em direção aos aventureiros, Leopoldo tenta corta a perna da criatura, porém sua pele é muito resistente. Nesse momento, Synth cospe sangue na manopla direita ativando o poder máximo dela, a manopla é imbuída por um brilho vermelho intenso, e, usando toda sua força Synth dá um soco no casco da fera fazendo com que ela perda o equilíbrio e cai de lado.

- Coff! Coff! Rápido! Me dê a pena de anjo, Leopoldo.

Synth recita o feitiço de cura, o seu olho é curado e as manchas em seu rosto somem, porém, ainda há manchas no braço esquerdo. Os aventureiros tomam distancia da criatura, enquanto ela se debate para ficar de pé.

- Você tá bem cara?

Synth retira a rolha do frasco de antiveneno e bebe – Argh! Gosto horrível. Não totalmente, o veneno dessa criatura é muito forte, a pena de anjo sozinha não foi suficiente para curar o meu braço.

Ele tenta mexer o braço, mas não consegue – Merda! O meu braço ficou dormente, vai demorar um tempo para que ele volte ao normal.

- Synth! O que caralhos aconteceu com a sua manopla?

A manopla direita de Synth agora possui o rosto de um leão prateado na parte superior da mão, o sangue que Synth cuspiu na manopla se transformou em dois pontos brilhantes, o olho esquerdo e direito do leão. Em sua boca, o rei dos animais guarda um globo terrestre dourado, que gira em sentido horário.

- Essa é a forma réquiem das manoplas de Kozure Itto, lembra -se? A minha força é amplificada toda vez que as sujo de sangue. Curtiu o Design?

- DEMAIS! É só uma pena que eu não possa usa-las, já que sofro de anemia aguda.

- Não esquenta com isso não, depois a gente pede para as aranhas fazerem uma manopla igualzinha a essa pra você.

- Não, melhor não, ter uma manopla igual a sua passaria a imagem de que sou invejoso, prefiro criar uma com o meu próprio estilo.

- E como seria?

- Bem, com desenhos de caveiras, porque elas são muito assustadoras.

- Tem razão, é a sua cara.

A criatura começa a ficar de pé novamente, Synth se esforça para mexer o braço e não consegue.

– Merda! Vou ter que lutar usando apenas um braço, eu consigo fazer várias coisas incríveis com uma mão só, mas lutar não é uma dessas com certeza.

- Relaxa meu amigo, eu sou imune ao veneno desse bicho feio, por tanto deixe o crânio comigo, use toda a sua força para destruir o corpo da criatura e não se preocupe, pois eu serei o seu braço esquerdo!

O corcel fica de pé novamente, as flechas encrustadas na sua pelagem branca começam a entrar dentro da carne do animal, em seguida, as flechas são lançadas pelo seu pescoço, como se fosse um morteiro. Leopoldo se prontifica a frente de Synth e usa sua adaga para repelir a chuva de flechas, Synth sabe que Leopoldo não irá aguentar por muito tempo, ele procurou ao seu redor algo para protege-los e foi então que ele encontrou, jogado no chão, um grande pedaço da parede de ossos, ele crava o pedaço no chão e puxa Leopoldo para trás dele.

- Que boss filho da puta, esse bicho tira um truque novo a cada segundo, precisamos mata-lo de uma vez!

- Synth, você ainda tem aquele sinalizador?

- Tenho, por que?

- Me dá ele aí.

Synth pega o globo de cristal, que contém o sinalizador, retira arma do globo e entrega para Leopoldo. – O que você vai fazer com isso?

- Observe – No momento em que Leopoldo sai de trás da parede de ossos, uma flecha passa de raspão no rosto dele, deixando um pequeno risco. O esqueleto segura o sinalizador com as duas mãos, mira e atira no pescoço da criatura, o projetil explode dentro pescoço cessando a chuva de flechas.

O corcel branco começa a cambalear, a criatura não desiste e, em um movimento repentino, ela tenta avançar pra cima dos aventureiros, mas cai no chão, morto.

- Que mira impressionante!!! Foi um lindo disparo, Leopoldo.

Ele gira o sinalizar, assopra para dissipar a fumaça do projetil e diz:

– Hum! Obrigado, eu tenho olhos de águia.

Synth olha para o cadáver da criatura e, com muito receio diz - Será que finalmente vencemos o boss?

O crânio animalesco, que até então não havia se manifestado novamente, voa até o corpo do corcel e para sobre o animal. Nesse momento, surge um olho bestial, amarelo, no crânio animalesco. Do olho bestial sai lágrimas de sangue, ao caírem no chão essas lágrimas se juntam e formam uma espécie de gosma vermelha, que aos poucos toma uma forma humanoide. Esses corpos de sangue levantam-se do chão e retiram as espadas enfiadas no corcel branco, com armas em mãos eles marcham em direção aos aventureiros, ao todo foram criados 3 corpos de sangue.

- Acho que não – Diz Leopoldo, assumindo uma postura ofensiva.

- Toma no cu, odeio summoners.

No corredor, Joe puxa a rolha de um frasco, com os dentes, após muito tentar ele consegue finalmente arrancar a rolha e toma o liquido incolor. Aparentemente, a poção não fez nenhum efeito, até que, subitamente, Joe abre os olhos como se tivesse acabado de acorda e levanta-se do chão. Ele escuta o som da batalha vindo do jardim e saca o seu martelo machado.

- Espero ... Não ter dormido tempo demais.

No jardim, Synth, todo melado de sangue, usa o pouco de força que ainda lhe resta para cortar ao meio um dos corpos de sangue, porém ao fazer isso ele cria mais dois inimigos, ao todo há agora 15 corpos de sangue. Synth e Leopoldo estão completamente exaustos, os corpos de sangue continuam a avançar, eles cercam os aventureiros, que no momento não possuem forças para contra-atacar.

Synth abre a mochila, em busca da água revigorante, mas tudo que ele encontra são frascos vazios. Os inimigos chegam mais perto e param, eles abrem passagem para o crânio animalesco chegar até os aventureiros, a criatura relincha furiosamente, em seguida abre a boca e começa a carregar um raio negro.

- Leopoldo, quero que sabia que você é sem dúvidas o esqueleto mais gente boa que conheci em toda a minha vida, obrigado por ter se aventurado comigo.

- Não fale como se a gente fosse morrer, nós vamos sair dessa ... De alguma fora. Eu sou jovem demais para morrer Synth, eu nem ao menos pude me declarar para Dora.

- ... Você está certo - Synth levanta-se do chão e aponta sua espada para o crânio animalesco. – Nós não vamos morrer aqui, você vai se casar como Dora e eu serei seu padrinho de casamento!!!

- Ehh! Eu nem me declarei pra ela ainda, vai com calma Synth. Ela pode acabar dizendo não antes, que eu possa abrir a boca.

- Nhá! Deixa disso, com esse corpo escultura, que mulher iria rejeitar você?

- Você é o segundo homem mais bonito do mundo, meu amigo.

- E quem é o primeiro?

- Eu, é claro.

O crânio prepara-se para lançar o raio negro nós aventureiros, quando de repente é atingido por um martelo machado, no trajeto a arma explodiu a cabeça de um dos corpos de sangue, quebrou os chifres da criatura e fez uma enorme rachadura no crânio, o impacto fez com que a magia fosse cancelada. O crânio olha na direção de onde foi lançada a arma e é atingido em cheio por Joe, que dá uma voadora de dois pés certeira no olho bestial, desligando assim a magia dos corpos de sangue. O impacto também arremessou o crânio animalesco para longe.

Os aventureiros observam o ato de Joe, com extremo fascínio. Ele pega o martelo machado do chão, fica de frente para os aventureiros e, novamente, bate com o punho fechado no peito esquerdo, porém dessa vez segurando o martelo machado.

- Peço desculpas por não ter me apresentado devidamente da última vez, eu me chamo Joelsun Greenfoot e obrigado por terem salvado a minha vida.

Leopoldo corre pra cima de Joe e o cumprimenta - Ahhh! Obrigado você joe, por um minuto achei que e a morrer virgem.

Joe olha Synth, todo ferido e ofegante - Você está bem? Me desculpe por não ter chegado mais cedo.

- Relaxa verdinho, só a estamina chegou a zero, o hp continua o mesmo. Agora me responda, como você saiu do coma e voltou tão forte? Pensei que o veneno da criatura iria deixar você em coma por algumas horas.

- Ei, por que você não perguntou se estou bem também?

- Um sonho horrível me jogou para fora do mundo de Sandman, após isso tomei um frasco da água revigorante para recuperar as forças, infelizmente eu só possuía um frasco.

- Não esquenta com isso não, eu vou ficar bem só preciso recuperar o folego.

De repente, um grito estridente deixa todos surdos, o crânio animalesco levanta-se do chão encarando os aventureiros, com o olho bestial totalmente vermelho agora, devido ao poderoso golpe de Joelsun.

- Essa porra desse bicho não morre nunca! O que precisamos fazer para mata-lo de uma vez por todas?

Joe retira um cachimbo de madeira do bolso, fuma um pouco e depois exala toda a fumaça pela boca, a fumaça negra assumi a forma de um lobo.

– O meu clã possui uma habilidade exclusiva chamada ‘’ A marca’’ Essa habilidade revela o ponto fraco do seu alvo. Não importa o quão poderosa seja a criatura, se acertamos o ponto fraco ela perecerá. Agora vá!

O lobo de fumaça voa em direção ao crânio animalesco, porém o lobo passa direito pelo crânio e segue até a lua criada pelos fantasmas apaixonados, ele morde a lua e explode em uma bomba de fumaça logo em seguida, aos poucos a fumaça é dissipada revelando uma marca vermelha, com o símbolo de uma mosca no centro.

- Veja! Aquele é o ponto fraco da criatura!

- A lua? Perguntou Leopoldo.

- Sim!

- Eu não sei se tenho forças de sobra para partir uma lua ao meio. Leopoldo suba nas minhas costas, eu voarei até lá e você destrói a lua.

- Esperem, deixem que eu me encarrego de dar um fim a esse monstro. Vocês dois devem descansar agora.

- Deixar a gente deixa, mas você consegue pular tão alto? Perguntou Leopoldo.

- Sim, porém.

Joe aponta para o próprio pé e diz – Provavelmente vocês já conhecem as relíquias de Tanokhan, pois bem estas pantufas nos meus pés são uma relíquia, elas me permitem dar pulo duplo no ar. Por ter pernas compridas eu posso dar um gigantesco pulo inicial e chegar até a lua utilizando os outros 2 restantes, porém, cair de uma altura tão exorbitante me levaria certamente a morte. Por isso peço à ajuda de vocês para me pegarem antes que eu caia de cara no chão.

- Fique tranquilo, sua vida está em boas mãos – Disse Leopoldo, dando um joinha.

Joe fica um pouco cético sobre o que Leopoldo acaba de dizer, Synth então coloca a mão no ombro dele e diz – Eu sei, parece mal presságio, mas acredite em mim, Leopoldo é um homem de palavra.

- Ei! Por que as minhas palavras parecem um mal presságio?

- O problema não são as palavras, mas sim a sua cara de morto.

- Espera aí, tu tá me chamando de feio?

- Hahaha! Vocês formam uma pela dupla ... Eu confio em você Leopoldo e em você também Synth.

- Obrigado por terem feito eu rir, agora – Ele ajeita o elmo na cabeça e diz. - Se me dão licença, eu irei dar o pulo de misericórdia.

Joe se agacha para dar um imenso pulo inicial para à frente, a criatura lança um enxame de caveiras para tentar para-lo, entretanto Joe consegue destruir os crânios facilmente com o seu machado martelo, ele utiliza os dois impulsos para fugir da fumaça venenosa. Quando Joe estava a menos de 1 metro da criatura, os chifres do crânio animalesco cresceram descontroladamente em direção a Joe, como se fossem lanças. Infelizmente, ao usar esse golpe a criatura acabou mais ajudando o sapinho do que atrapalhando, pois agora ele pode pular de chifre em chifre para assim alcançar o topo do crânio, lá em cima ele se agacha novamente e dá um mega pulo em direção a lua.

O crânio animalesco é empurrado para baixo quando Joelsun pula, a criatura rapidamente volta sua atenção para cima e abre a boca preparando o lançamento de outro raio, mas antes que pode -se obter êxito, ele é interrompido novamente, porém dessa vez por Leopoldo que crava sua adaga na lateral da criatura.

- Se esqueceu de mim? Eu sou osso duro de roer hahahaha!

No entanto, o golpe de Leopoldo não foi o suficiente para parar o ataque da criatura e ela dispara, o raio negro sai furiosamente da boca da criatura em direção a Joelsun, mas antes que pode -se atingir o seu alvo ele é interceptado por Synth, que o corta ao meio utilizando a Darkwave.

Em seguida, Synth desce dos céus em alta velocidade e fecha a boca da criatura, com um poderoso soco – Veja essa boca, que o teu bafo tá foda.

Joelsun usa o último pulo e consegue alcançar a lua, ele então ergue o martelo machado e diz

– Boa Noite.

Em seguida, ele acerta o local da marca e destrói a lua. O crânio animalesco relincha enquanto desaparece, Synth voa por pedaços lunares e consegue pegar Joe com sucesso. Quando os 3 heróis se reúnem as rosas começam a brilhar, Synth logo percebe o que está prestes a acontecer, porém não consegue proteger os olhos a tempo.

- Ehh! Pessoal, acho que estamos em apuros – Disse Leopoldo, enquanto tudo ainda estava claro.

Quando Joe e Synth voltam a enxerga, eles veem a sala completamente tomada por fantasmas, olhando para eles, com um sorriso de satisfação no rosto.

Synth saca sua espada – Podem vim, eu não vou dançar de novo!

O casal que se transformou na lua anteriormente, apareceu novamente diante dos heróis, o rei segurou a mão da rainha e disse:

- Não precisam temer medo, nós não queremos machuca-los, mas sim agradece-los.

Os fantasmas se ajoelham perante os aventureiros e falam, em uma única voz – Obrigado por nós liberta – Em seguida, eles desaparecem deixando uma folha dourada para trás, na folha não a nada além de quadrinhos, sem falas e o seguinte título ‘’ A Fera do luar espectral’’.

Leopoldo pega o papel – Deixa comigo, eu sei ler imagens.

- Era uma vez, bruxo que era perdidamente apaixonado por um príncipe, ele queria se casar com a jovem majestade, porém o príncipe havia sido prometido a princesa de um reino distante. Temendo perde o seu amor, o bruxo toma coragem e se declara para o príncipe e é rejeitado, aquilo enche o coração do bruxo com um novo sentimento, o ódio. Durante a festa de casamento, enquanto todos dançavam alegremente, sobe a lua cheia o bruxo jogou uma maldição no casal, os transformando... Na criatura que acabamos de derrotar, essa fera matou todo mundo que estava no salão de dança, e depois continua a sua devastação por todo o reino.

- Sua interpretação de imagens é fenomenal, Leopoldo. – Disse Joelsun, gesticulando com as mãos.

- Obrigado Joe.

- Perai, então aquele salão de dança por onde a gente passou é o mesmo dessa história? ... Nós estamos dentro de uma MALDITA HISTÓRIA? Disse Synth, espantado.

- Pera lá Synth, não precisa quebrar a quarta barreira em busca de respostas. – Disse Lunamaria, entrando na sala acompanhada de seus filhotes.

- Lunamaria, você sabe o que está acontecendo aqui?

- Sim, eu sei Joe. Vamos para a sala de descanso, lá eu contarei tudo.

Synth guarda a folha dourada na mochila. Os aventureiros seguem a mamãe pata e os seus patinhos, que andam lentamente, até a sala de descanso. Chegando lá, Lunamaria usa os seus poderes para criar uma fogueira, os aventureiros se acomodam ao redor da fogueira, Joe tira o cachimbo do bolso e o acende, ele traga a fumaça e a exala, porém logo é advertido por Lunamaria, que produz uma corrente de ar tão poderosa com as asas, fazendo a fumaça do cachimbo voltar para Joelsun, deixando sua cara completamente escura.

- Não quero ver nenhum cachimbo acesso aqui, enquanto meus filhos estiverem na sala, ouvi bem Joe?! Essa fumaça faz mal para eles.

Lunamaria deita no chão ao lado dos seus filhotes, olha para o rosto de cada um dos aventureiros e diz – Devo parabeniza-los por terem derrotado o seu primeiro Elite.

- Elite, esse é o nome daquela coisa? Perguntou Leopoldo, tomando uma garrafa de leite.

- Sim, porém antes de explicar exatamente o que eles fazem, eu preciso contar uma breve história de como eles foram criados. Tanokhan, o deus dos aventureiros, adorava escrever histórias, ao longo de sua vida ele escreveu vários contos extremamente curtos e reuniu todos em um único livro extremamente curto, o nome desse livro é ‘’ Contos bacanas e extremamente curtos para ler enquanto toma uma xícara de café, com açúcar’’

- Eu sei, o nome é bem ruim por isso não vendeu muito. Entretanto, Tanokhan ficou fascinado por algumas de suas criações, ele gostou tanto que resolveu coloca-las dentro de suas dungeons, com as suas histórias e foi assim que surgiu os Elites.

- Os Elites são inimigos especiais, com o nível de raridade; Super Ultra Mega Lendário plus+. Eles não ficam restritos a uma sala, como é o caso dos bosses e mini – boss, eles podem aparecer em qualquer lugar da dungeon para desafia-los, claro, com exceção das salas de descanso, e dos bosses.

- Vocês também firam em primeira mão o quão forte é um Elite, apenas aventureiros de nível Diamante à Lenda podem enfrentar esse tipo de inimigo, mas mesmo assim não será fácil derrota-lo. Mais alguma pergunta?

Synth mostra a folha dourada para Lunamaria – O que é isso?

- Isso é o loot dele, quando um Elite morre ele dropa essa página dourada, como vocês já perceberam, ela serve exclusivamente para conta a sua história. No caso, o nome desse conto é ‘’ A fera do Luar espectral’’ A história de um casal que foi condenado a viver juntos para sempre em um corpo demoníaco. Hm! Que história clichê.

- Mas você não tinha dito que o Tanokhan escreve livros? Então por que a história é contada em quadrinhos? Perguntou Joe.

- Para os aventureiros analfabetos entenderem a história, eu não gostei da ideia pra mim isso parece mais um colecionável do que o loot de uma criatura Super Ultra Mega lendária Plus+, mas fazer o que ele é o chefe.

- Concordo, por isso prefiro evitar os Elites. - Disse Synth.

- Infelizmente não dá, se tiver um Elite na dungeon, que é bem raro por sinal, ele vai atacar antes de vocês alcançarem a sala de descanso.

- Que merda!!!

- Olha a língua, não quero que meus filhinhos aprendam esse linguajar feio, agora se não tem mais nenhuma pergunta para fazer, eu já vou indo... Boa noite meus queridos.

- Ah! Fico feliz em ver que o grupo de aventureiros está crescendo, é sempre legal matar monstros acompanhado dos seus amiguinhos.

Lunamaria se despede dos aventureiros, Synth guarda a folha na mochila e pega alguns espetinhos de carne de crocodilo. Ele oferece um pouco para Joelsun, o sapinho usa a língua como chicote e pega os espetinhos da mão de Synth, ele mastiga bem e depois engole.

- Obrigado, estavam deliciosos.

- Eu e a dividir pra nós dois.

- Me desculpe ... Você teria mais? Desculpe-me pela indelicadeza, mas aquela batalha me deixou morrendo de fome.

Synth pega mais alguns espetinhos e dá para Joe – Hahaha! Tudo bem, coma à vontade, eu sempre trago dois packs de comida, para ninguém ficar estressado.

- Joe, eu posso te fazer uma pergunta?

- Mas é claro Leopoldo, qual é a sua dúvida?

- É verdade que você não lava o pé?

- Meu deus, você vai começar com esse negócio de músicas de novo.

- Hahaha! Está tudo bem Synth, eu faço questão de esclarecer essa história. Tudo começou com um maldito grilo compositor, ele compôs essa música que atrela a fama de preguiçosos e sujos a minha espécie. Ele cantou em tom de piada, sem intenção alguma de fazer sucesso, porém ele fez e até hoje as pessoas pensam que a minha raça não lava o pé.

- De fato meu povo não é muito ágil, gostamos de ficar de boa na lagoa comendo moscas, mas o que mais me irrita é sobre a higiene pois eu me orgulho da minha, além do mais essas pantufas não funcionam caso você tenha chulé.

- Então você não tem chulé?

- Não!

- Ok! Agora é minha vez, eu tenho assuntos realmente sérios para falar com você, Joe.

- Quando nós encontramos lá em cima eu fiquei chocado, pois não esperava encontrar um legitimo membro do clã Greenfoot nessas masmorras. 

Joel fica surpreso - Vou direto ao ponto com você, Joelsun Greenfoot eu acredito no seu clã, sei que tudo que fizeram foi para o bem da Terra Encantada e também sei que o rei Georgy é um traidor filho da puta.

Synth estende a mão para Joe – Junte-se a nós, eu adoraria ter alguém como você ao meu lado.

- ESPERA AI!!! Vocês estão falando do rei da terra encantada? O rei Georgy Porgy, aquele homem bondoso e justo, o que ele fez para ser chamado de traidor?

- Ele é o total oposto disso Leopoldo. - Disse Synth.

- Essa é uma história antiga, que muitos preferem esquecer, pois só o fato de relembrar o que ocorreu, causa revolta naqueles que não conhecem a verdade. O clã Greenfoot, era muito respeitado e admirado por todos, eles eram responsáveis pela segurança do castelo e da família real, até o dia em que tentaram matar o rei.

- Eu não lembro de ter ouvido sobre isso.

- - Não fique surpreso, os seres mágicos fizeram questão de apagar o nome do meu clã da história, só os mais velhos lembram com clareza do ocorrido. O que me espanta é como você, um humano, sabe tanto da história do meu clã.

Synth olha para Leopoldo, depois para a fogueira e diz – Eu falei sobre o seu passado, nada mais justo do contar o meu agora. Eu nem sempre explorei masmorras sozinho, ouve um tempo em que era acompanhado por 3 heróis; Shelly, a nossa querida líder e a mulher mais durona que conheci. Colt, o pistoleiro mais rápido que já vi em toda minha vida. E Barley, um ciclope mago alcoólatra. Nós dávamos muito bem eles faziam parte da minha família, mas ...

- Tudo isso acabou quando chegamos na cidade estado de Lartras, ninguém estava preparado para o que iria acontecer. Durante à noite, a cidade foi atacada pelas temidas Irmãs dos Desastres, sabíamos que as chances de vitória eram quase nulas, porém mesmo assim partimos pra cima em defesa dos cidadões.

- Fomos humilhados, Colt e Barley foram os primeiros a serem mortos, eles foram desmembrados enquanto ainda tinham vida, os gritos por ajuda ecoam na minha cabeça até hoje. E tudo que aquelas bruxas faziam era rir do sofrimento dos meus amigos, a risada daquelas malditas bruxas despertou uma fúria sanguinária no coração de Shelly, que em um último ato de coragem avançou para cima das bruxas descuidadas e cortou fora o braço da irmã mais velha.

- Eu estava completamente imóvel, assustado, com medo da morte. Foi então que Shelly olhou por cima do ombro e disse pra mim ‘’ SYNTH!!! Tente não morrer para a sua própria ganancia’’ Ela sorriu para mim, antes de ser pulverizado pelas bruxas, eu não morri naquela dia por causa da intervenção dos Antaris, que chegaram bem a tempo.

- Depois desse evento eu passei a me aventurar sozinho, para não colocar a vida de mais ninguém em risco.

- Então é por isso que Ayala e Elisa estavam tão felizes em me ver.

Synth apenas assentiu com a cabeça.

- Eu sinto muito pela sua perda – Disse Joe.

- Não fiquem tristes, graças ao meu filho, Thanatos, eu pude me despedir dos meu amigos com calma e agora tenho certeza que os seus espíritos estão descansando em paz...

- Agora vamos pra parte que realmente importa, algum tempo depois eu descobri que o ataque das irmãs foi planejado, todo o caos instaurado por elas serviu como uma cortina de fumaça para que o Arcebispo Nicolau fosse assassinado. Nicolau foi a primeira pessoa a descobrir a traição de Georgy, ele possuía provas concretas contra o rei e por isso foi morto.

- Respondendo a sua pergunta, eu sei tanto graças a minha querida esposa, ela foi uma das Antaris que esteve em Lartris. Os Antaris sabem que Georgy tem ligação com o abismo, porém sem provas eles não podem fazer nada, além de esperar um deslize do rei.

Joelsun ficou completamente atônito com todas aquelas informações, levou um bom tempo para que ele pudesse assimila-las.

- Sabendo tudo isso – Disse Joel. - O que você deseja fazer agora? 

- Encontrar as irmãs e força-las a contar a verdade, o que me diz?

- Ei! Vocês estão se esquecendo de mim, essa história é muito maluca Synth, Georgy envolvido com o abismo, as irmãs dos desastres, é muita informação, porém ... Eu não conheço o rei pessoalmente para saber se ele realmente é um traidor ou não, mas eu ti conheço Synth e sei que não tem motivos para mentir pra mim, por isso irei enfrentar essas bruxas ao seu lado.

- Obrigado, meu querido amigo.

– Nosso encontro foi muito inusitado, dois aliados no meio de uma masmorra, não poderia imaginar isso nem nos meus sonhos mais felizes, contudo...

Joe estende a mão para Synth, que o cumprimenta - Meus objetivos coincidem com os seus, vamos à caça as bruxas, meus novos amigos.  

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